A culpa é do mensageiro
Muito tenho lido sobre o caso do “Envelope 9” e das polémicas declarações de Manuel Maria Carrilho que acusam os jornalistas de construírem cabalas para escamotear a verdade.
Não vou aqui dissertar sobre a questão filosófica: “O que é a verdade”, pois não estou habilitado para o fazer e este blog não chegaria para desmontar o assunto.
Em relação às acusações em causa, eu gostaria que alguém me explicasse porque é que os jornalistas são responsáveis pelo comportamento incorrecto e reprovável de Manuel Maria Carrilho? Então o homem julga ser um cavalheiro e agora acusa o toque e procura um bode expiatório?! Não é um comportamento bonito e mostra que afinal Carrilho não tem assim tanto nível como se pensava. O debate para as autárquicas na SIC foi fraco e com pouco fulgor, Carrilho à saída resolve virar as costas ao seu opositor demonstrando falta de “fairplay”. E foi esse comportamento que o condenou. Como Carrilho ainda não se retratou desse comportamento resolve agora acusar os jornalistas de empolar toda a situação. Mas afinal Carrilho sabia perfeitamente que os jornalistas que estavam por trás das câmaras do estúdio. Pior, Carrilho sabia que havia vários operadores de câmara de outros canais televisivos. Porque é que teve esse comportamento? Algum jornalista o obrigou a virar as costas a Carmona Rodrigues? Não, pois não…
O caso “Envelope 9” revela bem o quanto é odiada a classe dos jornalistas. A mesma classe que os partidos bajulam e beijam os pés quando querem ver algo publicado a seu favor nos jornais. A mesma classe que esses mesmos políticos vão contratar para seus assessores. A mesma classe que agora se cala perante toda esta situação. Mas qual a origem dessa raiva?
Afinal não são assim tantos os jornalistas que cedem às pressões e fazem favores aos políticos, porque se assim fosse esses indivíduos não atacavam tanto os jornalistas. Mas afinal, vamos aqui fazer um inquérito: Em quem acredita: nos jornalistas ou nos políticos? A reposta é óbvia e é por isso que a maioria dos políticos portugueses procuram desacreditar tudo o que gira à sua volta para poderem reinar à vontade.
Se Felícia Cabrita, por acaso uma jornalista, não tivesse trazido para a luz do dia o “caso Casa Pia” hoje não se saberia de nada em relação às atrocidades cometidas anos a fio nessa instituição. Se Sofia Branco (Público) não tivesse feito uma reportagem sobre Mutilação Genital Feminina ninguém saberia que é uma prática existente em Portugal. Se… se… e se… Em Portugal devemos deixar de viver à sombra dos “ses” e olhar com olhos de ver para tudo o que nos rodeia.
Afinal o problema estará no mensageiro ou em quem dá a mensagem a esse mesmo mensageiro? Vejam as coisas desta maneira, quando recebem uma carta das finanças a culpa é do carteiro?!
Não vou aqui dissertar sobre a questão filosófica: “O que é a verdade”, pois não estou habilitado para o fazer e este blog não chegaria para desmontar o assunto.
Em relação às acusações em causa, eu gostaria que alguém me explicasse porque é que os jornalistas são responsáveis pelo comportamento incorrecto e reprovável de Manuel Maria Carrilho? Então o homem julga ser um cavalheiro e agora acusa o toque e procura um bode expiatório?! Não é um comportamento bonito e mostra que afinal Carrilho não tem assim tanto nível como se pensava. O debate para as autárquicas na SIC foi fraco e com pouco fulgor, Carrilho à saída resolve virar as costas ao seu opositor demonstrando falta de “fairplay”. E foi esse comportamento que o condenou. Como Carrilho ainda não se retratou desse comportamento resolve agora acusar os jornalistas de empolar toda a situação. Mas afinal Carrilho sabia perfeitamente que os jornalistas que estavam por trás das câmaras do estúdio. Pior, Carrilho sabia que havia vários operadores de câmara de outros canais televisivos. Porque é que teve esse comportamento? Algum jornalista o obrigou a virar as costas a Carmona Rodrigues? Não, pois não…
O caso “Envelope 9” revela bem o quanto é odiada a classe dos jornalistas. A mesma classe que os partidos bajulam e beijam os pés quando querem ver algo publicado a seu favor nos jornais. A mesma classe que esses mesmos políticos vão contratar para seus assessores. A mesma classe que agora se cala perante toda esta situação. Mas qual a origem dessa raiva?
Afinal não são assim tantos os jornalistas que cedem às pressões e fazem favores aos políticos, porque se assim fosse esses indivíduos não atacavam tanto os jornalistas. Mas afinal, vamos aqui fazer um inquérito: Em quem acredita: nos jornalistas ou nos políticos? A reposta é óbvia e é por isso que a maioria dos políticos portugueses procuram desacreditar tudo o que gira à sua volta para poderem reinar à vontade.
Se Felícia Cabrita, por acaso uma jornalista, não tivesse trazido para a luz do dia o “caso Casa Pia” hoje não se saberia de nada em relação às atrocidades cometidas anos a fio nessa instituição. Se Sofia Branco (Público) não tivesse feito uma reportagem sobre Mutilação Genital Feminina ninguém saberia que é uma prática existente em Portugal. Se… se… e se… Em Portugal devemos deixar de viver à sombra dos “ses” e olhar com olhos de ver para tudo o que nos rodeia.
Afinal o problema estará no mensageiro ou em quem dá a mensagem a esse mesmo mensageiro? Vejam as coisas desta maneira, quando recebem uma carta das finanças a culpa é do carteiro?!
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