sábado, janeiro 15, 2011

bip... bip... bip...

sábado, janeiro 13, 2007

Fim de emissão

Passados exactamente dois anos coloco um ponto final neste blog.

Agradeço a todos os visitantes e leitores.

Estarei por aqui

quinta-feira, janeiro 04, 2007

História

Um velho lenhador adoeceu e sua dedicada esposa foi à floresta cortar lenha, única fonte de subsistência do casal.
Inábil no manuseio do machado, ela o deixa cair no rio.
Desesperada, apela aos céus:
- Valha-me, Deus !!! E Deus aparece.
- Por que choras assim, mulher ?
- Ó, meu Deus !!! Meu machado caiu no rio, não sei nadar, sem ele não conseguirei cortar lenha e eu e meu marido morreremos de fome. Deus mergulha no rio e de lá traz um machado de ouro maciço.
- É este o teu machado, mulher?
- Não, meu senhor. Não tenho dinheiro para ter um machado de ouro.
Deus mergulha novamente e dessa vez traz um machado de prata.
- É este teu machado, mulher?
- Não, meu senhor. Sou pobre e não posso ter um machado de prata.
Deus mergulha pela terceira vez e traz o machado correto.
- É este teu machado, mulher?
- Sim, meu senhor, é esse. Muito obrigada.
Deus então, feliz pela honestidade da mulher, a presenteia com os três machados. A vida do casal muda por conta do dinheiro conseguido com a venda dos dois machados valiosos. Depois de alguns anos, o casal vai visitar aquela floresta, para recordar os velhos tempos. O lenhador escorrega e cai no rio. A mulher, desesperada, novamente apela aos céus:
-Valha-me, Deus!!! E Deus aparece.
- Por que choras, mulher?
- Meu marido caiu no rio e não sabe nadar.
Deus mergulha no rio e surge com o Brad Pitt.
- É este teu marido, mulher?
- Sim, sim. É esse meu senhor!!!
Deus se enfurece.
- Mulher desonesta e mentirosa! Como ousa tentar enganar-me?
- Não é isso, meu Deus. É que pensei: se eu disser que não, Ele vai mergulhar de novo e trazer-me o Tom Cruise. Vou dizer que não e aí Ele trará meu verdadeiro marido. Como recompensa pela minha honestidade, dar-me-á os três homens e, como não posso praticar trigamia, achei melhor aceitar logo o primeiro que me trouxesses.
Convencido pela justificativa da mulher, Deus a deixa ficar com o Brad Pitt.

Moral da História:
Mulher mente de um jeito tão eficiente que até Deus acredita!!!


Agradecimentos: Cristina Nunes

domingo, dezembro 24, 2006

Ah e tal... Feliz Natal!


Desejo a todos os leitores e amigos um Bom Natal e um 2007 repleto de exito e saúde!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

A nata dos pastéis

A pedido de algumas pessoas aqui deixo o artigo sobre os pastéis de nata! No último texto sobre os pasteis do "Martinho da Arcada" poderá haver uns lapsos temporais dado a data de publicação (21 de Abril - Dinheiro&Ócio - Diário Económico) não corresponder a da "postagem".


A nata dos pastéis

Deambular por Lisboa (e arredores) atrás do melhor pastel de nata é algo muito tentador. Com tanta oferta, o difícil foi mesmo escolher.

Desde que me conheço que ouço falar em pastéis de nata. Uns dizem que os melhores são estes ou aqueles porque o suave travo do café, da canela ou mesmo do licor altera de forma quase erótica o sabor do bolo. Teimoso como sou, sempre fui pensando que, afinal, natas são natas, e no fundo é tudo a mesma coisa. Até que finalmente resolvi ir atrás dos sabores e procurar saber o que traz a notoriedade aos mais afamados pastéis de nata.

Limitado pelo tempo, tive de me contentar com o eixo Lisboa/Estoril. Fiz-me à estrada. Pelo caminho delineava a estratégia e várias dúvidas assaltaram-me o espírito. Será que o número de clientes de um estabelecimento pode servir de barómetro para avalia a qualidade dos pastéis? Como poderei avaliar a verdadeira qualidade de um pastel de nata? Pelo aspecto? Pela frescura? Logo veria.

Primeira paragem, topo do Largo Rafael Bordalo Pinheiro com a Rua da Trindade, o “Carioca da Trindade”. Ao balcão pode ler-se “Pastéis de Nata caseiros”. Provei. Nada mau para um primeiro exemplar e para começo da maratona. Bom creme, massa razoável. A fasquia estava alta.

Continuei. Desci até Belém. Tinha de ser, tinha de comparar os famosos pastéis de Belém. O número de clientes ao balcão não deixa dúvidas. Para testar o empregado, chego ao balcão e peço um pastel de nata. “Não temos. Só pastéis de Belém”, corrigiu de imediato. Este trazia a lição estudada. Comi, gostei. Mas não podia ficar por aqui.

Quis a sorte que eu fosse parar de seguida ao restaurante “O Mercado do Peixe”, em Monsanto. Aqui, o pastel de nata é o rei. Não é por acaso que foi já três vezes premiado como o melhor da sua categoria, num concurso nacional exclusivamente dedicado aos pastéis de nata. Com um creme ligeiramente líquido, o doce entrou-me logo nas papilas gustativas. Hum... Um vencedor nato. A explicação está dada.

A surpresa veio depois. Tinha-me chegado aos ouvidos que os pastéis de nata do Hotel Palácio Estoril eram de facto “aqueles” que ninguém esquece. Foi esse rumor que me fez percorrer quilómetros – não muitos – de auto-estrada para tirar a prova dos nove. E rendi-me… a massa, a nata, o sabor. Tudo bom. As 5 estrelas do hotel estão sem dúvida referenciadas neste “pequeno” pedaço de prazer.

Percebe agora a dificuldade de avaliar um pastel de nata? Estes quatro são excelentes. Até a redacção do D&O ficou confusa. O melhor será mesmo repetir o périplo… infinitamente.

DOS MAIS FAMOSOS AOS ILUSTRES DESCONHECIDOS, OS PASTÉIS DE NATA MERECEM UM TESTE APROFUNDADO.
E O VENCEDOR É...


Como um ramo de flores – Hotel Palácio Estoril
Média: Excelente – 9,25 valores
O melhor: Tudo!!!
Massa folhada: 10
Recheio: 9
Consistência: 9
Sabor: 9
% de açúcar: média alta
Potencial de esfarelamento: quase nula
Relação qualidade/preço: não tem preço.

Está incluído nos serviços do hotel. O que o torna um fruto ainda mais apetecido. Já imaginou entrar num quarto de hotel e ser acolhido por um suculento prato pastéis de nata no lugar do tradicional bouquet de flores? Tentador, não é?! Até porque as flores não se comem… É com este pequeno mimo que os hóspedes do Hotel Palácio Estoril são brindados quando entram pela primeira vez no quarto. Estas pequenas divindades de nata têm uma massa folhada muito suave que não se desmancha, possuem um creme digno de ser elevado a “néctar dos deuses” e são feitas exclusivamente com produtos caseiros. Através deste pequeno bolo, o chefe José Nunes, “pai” deste pastel de nata, já levou o nome de Portugal a toda a Europa, Estados Unidos e Japão.


Eu não sou um pastel de nata – Fábrica dos Pasteis de Belém
Média: Muito bom – 8,25 valores.
O melhor: A fama.
Massa folhada: 8
Recheio: 8
Consistência: 9
Sabor: 8
% de açúcar: baixa (por isso vem servido com um pacotinho de açúcar e um de canela)
Potencial de esfarelamento: elevado
Relação qualidade/preço: boa (80 cêntimos)

A fazer lembrar os belos quadros do pintor francês Rene Magritte, os Pastéis de Belém, que “não são pastéis de nata”, são sem sombra de dúvida um ‘ex-libris’ português. Não há lisboeta ou turista estrangeiro que não conheça. Simples ou com canela e açúcar, os Pastéis de Belém são bons enquanto estão quentes, frios perdem um pouco do paladar. A massa fina aliada a uma nata com um ligeiro sabor açucarado faz com que, diariamente, dezenas de milhares destes pequenos e saborosos bolos sejam consumidos de forma quase compulsiva por todos os visitantes que por ali passam. Para uns poderão não ser os melhores, mas são de certeza os que mais vendem.

As dimensões do tri-campeão – Mercado do Peixe
Média: Muito bom – 8 valores
O melhor: o creme mais líquido.
Massa folhada: 7
Recheio: 9
Consistência: 8
Sabor: 8
% de açúcar: média
Potencial de esfarelamento: quase nulo
Relação qualidade/preço: média (90 cêntimos a unidade)

O título mostra o verdadeiro colosso. Ligeiramente mais altos que os seus concorrentes, os pastéis da nata do “Mercado do Peixe” são uma receita própria do estabelecimento. No creme feito sem farinhas, para não transformar a nata em pudim, poderá estar escondida a chave do sucesso.
Paulo Oliveira, pasteleiro deste restaurante, garante o cunho de qualidade e afirma que o pastel de nata é totalmente artesanal, desde a massa estendida com o rolo ao creme batido à mão.


O bom filho da casa – Carioca da Trindade
Média: Razoável - 6,75 valores.
O Melhor: O doce do creme.
Massa folhada: 6
Recheio: 7
Consistência: 7
Sabor: 7
% de açúcar: média
Potencial de esfarelamento: elevado
Relação qualidade/preço: boa
(80 cêntimos a unidade)

Com fabrico caseiro, o pastel de nata do “Carioca da Trindade” é um “filho da casa”. Se gosta de massa folhada estaladiça e de um sabor comum, este é sem dúvida o indicado. A canela está à mão e é só polvilhar e trincar. O suave sabor da nata fará o seu trabalho.


Pastel do “Martinho da Arcada” na rota de 27 capitais europeias

O café “Martinho da Arcada” vai ser palco das celebrações do Dia da Europa em Portugal, a 9 de Maio, através da iniciativa “Café da Europa”, da responsabilidade da actual presidência austríaca da União Europeia, que vai decorrer nos 25 países comunitários e nos candidatos Bulgária e Roménia. Nesta comemoração, o Pastel de Nata do “Martinho da Arcada” será a especialidade apresentada por Portugal para ombrear com os doces tradicionais dos restantes 26 países, numa iniciativa intitulada “Doce Europa”. Para António Sousa, gerente do estabelecimento, a escolha do “Martinho da Arcada” prende-se essencialmente pelo lugar conquistado na história de Lisboa e pelo olhar cultural que o espaço tem em Portugal. “Este é o café mais antigo de Lisboa, é um local histórico. Por aqui passaram tantos poetas, tantos escritores, tanta gente que fez a nossa História, por isso a Comunidade Europeia deve ter achado que o Martinho da Arcada era o espaço indicado para representar Portugal”, disse ao D&O António Sousa. Para além da “digressão” do pastel de nata pelas 27 capitais europeias esta iniciativa trará ao café “Martinho da Arcada” os sabores típicos desses países. A data, 9 de Maio, recorda 1950, quando foi dado o primeiro passo para o que é hoje a União Europeia, através da declaração de Robert Schuman, que propôs a criação de uma Europa organizada, como requisito indispensável para a manutenção da paz.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Oração


Via: Sara Barros Rosa

segunda-feira, outubro 30, 2006

A âncora de uma indústria à deriva

O artigo que se segue foi publicado no Semanário Económico. Está inserido na temática "20 anos de...", lembrando os 20 anos de existência do jornal. Posto-o aqui porque:
1- O autor sou eu.
2- Foi o meu último texto publicado no grupo Económica (empresa que detem os títulos "Diário Económico" e "Semanário Económico")
3- Foi publicado na sexta-feira, 27 de Outubro (logo não é uma antecipação ou concorrência desleal para a empresa onde eu trabalhei)
4- E porque me apetece...

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(texto principal)

20 anos da Indústria Naval e Portos

A âncora de uma indústria à deriva


Num país com séculos de história marítima, a indústria naval tem de assumir um quadro de honra. Contudo, problemas relacionados com o fenómeno da globalização, falta de homogeneidade do tecido empresarial deste sector e o crescimento do mercado no oriente tem reduzido a imagem desta indústria a nível internacional. Os portos, por sua vez, parecem estar em franca expansão.

Carlos Pereira ||

Nos últimos 20 anos as reviravoltas políticas de um país saído de uma ditadura abalaram a indústria naval em Portugal, sendo o ponto mais alto a crise da Lisnave.

Segundo Ventura de Sousa, secretário-geral da AIM (Associação das Indústrias Marítimas), nos últimos 20 anos observou-se um forte acréscimo da concorrência internacional na construção naval, com um importante aumento de capacidade de produção no Extremo Oriente.

Para este especialista, a Coreia do Sul é hoje o principal construtor mundial, para além do Japão que é um forte concorrente e a China enquanto produtor emergente desde os fins dos anos 90.

Predicados que fragilizam a visão que se tem desta indústria em Portugal. Aliás, Ventura de Sousa assevera que nos últimos 20 anos o sector “observou uma redução de capacidade e de efectivos, em consequência de perdas de competitividade face ao Extremo Oriente – como é o caso da Setenave, que cessou actividade, enquanto construtor naval, em meados dos anos 90”.

Identificação do sector

Não se pode afirmar que a indústria naval em Portugal tenha características de homogeneidade. Constituída por diversos subsectores, existem empresas com mais de mil trabalhadores em simultâneo com empresas de características familiares na sua forma de gestão. Exemplos disso são os estaleiros de grande dimensão da Lisnave, Estaleiros Navais de Viana do Castelo (que trabalham apenas em aço), o Arsenal do Alfeite (dedicado à manutenção da Armada Portuguesa) e os estaleiros de pequena e média dimensão, a maioria dos quais ligados ao mercado interno da pesca e que operam nos materiais.

Esta variação de identidade no sector traduz-se numa clara influência negativa da imagem da indústria naval no nosso país.

“Portugal deve eliminar os constrangimentos que se põem à capacidade concorrencial dos estaleiros de construção e reparação naval portugueses, em particular os pequenos e médios”, afirma Ventura de Sousa, destacando que se deve “promover a criação de um cluster das indústrias marítimas, facilitando a emergência de novas empresas subsidiárias na indústria e nos serviços, ou a valorização tecnológica das existentes”.

Nos dois últimos anos, os principais associados da AIM, na área da construção, manutenção/reparação e conversão naval, facturaram em média 250 milhões de Euros por ano. Sendo 60% desse valor oriundo da construção naval. Este sector exportou 85% da sua produção e garantiu emprego a 3600 trabalhadores.

Os Portos

Remando contra a maré, nos últimos anos os portos portugueses têm vindo a registar uma maior afluência o que tem originado um saldo positivo na tesouraria das administrações portuárias. Contudo esta taxa de crescimento poderá ser insuficiente dado que a concorrência aperta e urge criar novas estratégias.

“O crescimento da actividade nos portos nacionais tem sido inferior às taxas de crescimento do comércio mundial, e também às taxas de crescimento dos nossos potenciais concorrentes. Embora estejamos a crescer, não estamos a aproveitar a totalidade que a oportunidade do crescimento global do mercado nos está a abrir e continuamos a perder mercado/competitividade para a Espanha”, destaca António Belmar da Costa, secretário nacional da AGEPOR – Associação dos Agentes de Navegação em Portugal.

Segundo este responsável, nos últimos 20 anos as alterações verificadas no sector foram executadas completamente fora de timing, quase sempre atrasadas mas sempre por reacção e nunca por antecipação.

“As mudanças são consequência daquilo que chamo ditadura da oferta e que se traduz pela política do betão aqui aplicada ao Sector Portuário. Obras e mais obras de infra-estrutura sem qualquer plano estratégico do Sector que as norteie”, conclui Belmar da Costa.

O melhor e o pior

Nos últimos 20 anos da indústria naval, um dos aspectos positivos é o facto de ter sido possível manter uma razoável presença internacional, com algumas reestruturações que, apesar de dispendiosas, deram frutos. A recente participação da indústria naval na modernização/reequipamento da Marinha portuguesa e a estrutura diversificada da indústria naval portuguesa, com uma malha de PME’s especializada nas várias tecnologias (aço, alumínio, madeira, fibra) são outros dois pontos de relevo. No campo dos portos, segundo a AGEPOR, o destaque vai para a importância que nos últimos anos o país tem dado ao mar.

No lado oposto a prevalência de uma base industrial insuficiente em matéria de indústria de equipamentos, a progressiva redução da marinha de comércio portuguesa e a falta de oferta de trabalho especializado, especialmente das camadas mais jovens atraídas para outras saídas profissionais, associada à insuficiente oferta de ensino profissional pintam de negro a imagem indústria naval. Do lado dos portos, a incapacidade para conquistar uma taxa de crescimento igual ou maior à de Espanha tem feito com que Portugal tenha perdido competitividade.


(2º texto)

Lisnave – Tudo começou com uns simples sabonetes

A Lisnave é o corolário de uma evolução empresarial começada nos finais do século XIX, a partir de duas pequenas empresas químicas (para fabrico de sabão, sabonetes, velas, óleos e tabaco), a Companhia União Fabril e a Companhia Aliança Fabril. Num percurso a todos os títulos extraordinário, se tivermos em linha de conta o contexto português, a fusão destas duas pequenas empresas na Companhia União Fabril (CUF) a partir de 1898 deu origem a um notável processo de integração vertical e horizontal.

As empresas iniciais tinham como subproduto determinados tipos de adubos rudimentares. A evolução para adubos mais complexos (superfosfatos) foi um pequeno passo. A necessidade de embalar os fertilizantes levou ao desenvolvimento de uma indústria de sacaria e a uma diversificação para o ramo têxtil. A necessidade de os adubos ensacados levou à construção, no Barreiro, de um cais de embarque e de uma pequena metalomecânica para construções e reparações diversas. A expansão genérica da empresa motivou o aparecimento de novos interesses. A atenção dada aos transportes conduziu a CUF até as colónias portugueses, levando ao desenvolvimento do ramo dos óleos alimentares tropicais.

Como resultado do interesse nos transportes, a partir dos anos 30, a exploração do Estaleiro Naval da Rocha do Conde de Óbidos é concedida ao grupo CUF pela Administração-Geral do Porto de Lisboa. Seria da experiência daqui resultante que, 30 anos depois, o grupo se lançaria num dos seus mais importantes projectos: a criação da Lisnave, empresa de construção e reparação naval.

Os Estaleiros

A tomada do Estaleiro Naval da Administração Geral do Porto de Lisboa, fazia parte da estratégia de crescimento da CUF, de forma a garantir o controlo do maior estaleiro nacional, de inquestionável importância no desenvolvimento e apoio da frota da Sociedade Geral de Comércio Indústria e Transportes, pertença deste grupo industrial. A 14 de Dezembro de 1960 a concessão é trespassada para a Navalis. Nesta altura o estaleiro tinha instalações que lhe permitiam construir navios até cerca de 5.000 toneladas de arqueação bruta, ou de comprimento total até cerca de 140 metros, possuindo 5 Docas Secas: de 173, 104, 63, 48 e 44 metros. A Lisnave foi assim oficialmente constituída a 11 de Setembro de 1961 com o objectivo de realizar o empreendimento da construção e reparação naval que na época estava ainda apenas confinada ao Estaleiro da Rocha Conde de Óbidos. Devido à excelente situação geográfica, e encontrando-se na convergência das principais rotas dos petroleiros e dos mineraleiros, este estaleiro naval tinha como objectivo a sua reparação e a assistência.

Como prova da capacidade de excelência deste estaleiro estão os superpetroleiros, construídos na década de 60, e os contratorpedeiros e fragatas para a Marinha Portuguesa. Actualmente os estaleiros pertencem a uma outra empresa, Navalrocha. Em Almada os estaleiros foram desactivados permanecendo os estaleiros apenas na cidade de Setúbal.