sexta-feira, maio 26, 2006

Que momentos bonitos...








Foto1 via: Record
Foto 2 e 3 via: Abola
Outras fotos via: Google e Yahoo

terça-feira, maio 23, 2006

A culpa é do mensageiro

Muito tenho lido sobre o caso do “Envelope 9” e das polémicas declarações de Manuel Maria Carrilho que acusam os jornalistas de construírem cabalas para escamotear a verdade.

Não vou aqui dissertar sobre a questão filosófica: “O que é a verdade”, pois não estou habilitado para o fazer e este blog não chegaria para desmontar o assunto.

Em relação às acusações em causa, eu gostaria que alguém me explicasse porque é que os jornalistas são responsáveis pelo comportamento incorrecto e reprovável de Manuel Maria Carrilho? Então o homem julga ser um cavalheiro e agora acusa o toque e procura um bode expiatório?! Não é um comportamento bonito e mostra que afinal Carrilho não tem assim tanto nível como se pensava. O debate para as autárquicas na SIC foi fraco e com pouco fulgor, Carrilho à saída resolve virar as costas ao seu opositor demonstrando falta de “fairplay”. E foi esse comportamento que o condenou. Como Carrilho ainda não se retratou desse comportamento resolve agora acusar os jornalistas de empolar toda a situação. Mas afinal Carrilho sabia perfeitamente que os jornalistas que estavam por trás das câmaras do estúdio. Pior, Carrilho sabia que havia vários operadores de câmara de outros canais televisivos. Porque é que teve esse comportamento? Algum jornalista o obrigou a virar as costas a Carmona Rodrigues? Não, pois não…

O caso “Envelope 9” revela bem o quanto é odiada a classe dos jornalistas. A mesma classe que os partidos bajulam e beijam os pés quando querem ver algo publicado a seu favor nos jornais. A mesma classe que esses mesmos políticos vão contratar para seus assessores. A mesma classe que agora se cala perante toda esta situação. Mas qual a origem dessa raiva?

Afinal não são assim tantos os jornalistas que cedem às pressões e fazem favores aos políticos, porque se assim fosse esses indivíduos não atacavam tanto os jornalistas. Mas afinal, vamos aqui fazer um inquérito: Em quem acredita: nos jornalistas ou nos políticos? A reposta é óbvia e é por isso que a maioria dos políticos portugueses procuram desacreditar tudo o que gira à sua volta para poderem reinar à vontade.

Se Felícia Cabrita, por acaso uma jornalista, não tivesse trazido para a luz do dia o “caso Casa Pia” hoje não se saberia de nada em relação às atrocidades cometidas anos a fio nessa instituição. Se Sofia Branco (Público) não tivesse feito uma reportagem sobre Mutilação Genital Feminina ninguém saberia que é uma prática existente em Portugal. Se… se… e se… Em Portugal devemos deixar de viver à sombra dos “ses” e olhar com olhos de ver para tudo o que nos rodeia.

Afinal o problema estará no mensageiro ou em quem dá a mensagem a esse mesmo mensageiro? Vejam as coisas desta maneira, quando recebem uma carta das finanças a culpa é do carteiro?!

Já cá está!


12 anos depois o regresso. Menos rápido mas com a classe que sempre teve.
(Foto via google)

sexta-feira, maio 19, 2006

Portugal e a Eurovisão

Não sei porque raio continuamos a concorrer a festival eurovisão da canção. Edição após edição fazemos figuras tristes, salvo meia dúzia de ocasiões (acho que nem tanto). Das duas uma, ou os júris não sabem escolher a melhor música e os melhores intérpretes (as Non Stop simplesmente “non” cantam, o som mais parecido é o zurro), ou a nossa música não presta.

Nem sequer vou aqui entrar em guerra com as escolhas, até porque a canção da Vânia (Delirium) e a música era muito melhor. Mas temos os júris que temos… até a Fátima Lopes lá estava… Non Stop… Ups… No Comments.

Quanto à música deste ano, até era gira… mas para um festival qualquer da década de 70. Sempre ouvi dizer que Portugal estava 20 anos atrasado em relação a alguns países. Bem… estou a ver que no âmbito do Eurofestival estamos quase 40 anos atrasados!

A vantagem das meias-finais do festival da canção é que não se sabe a pontuação de cada país, valha-nos isso. Fica-se triste mas não se fica humilhado!

sexta-feira, maio 12, 2006

Frase do dia

Foto via e-mail

quinta-feira, maio 11, 2006

Eu quero, posso e mando!

É com esta expressão que eu melhor classifico a actuação do governo. Que José Sócrates é teimoso, já o sabíamos, relembro aqui o caso das incineradoras, mas que o primeiro-ministro começasse a mostrar uma enorme falta de respeito pelos portugueses é que não lhe reconhecíamos essa faceta.

Lembro-me, há uns meses, de José Sócrates afirmar que éramos um país que reivindicava pouco. Que havia países onde a população se manifestava muito mais, e com muito mais qualidade.

Um desses países é a minha terra natal, França. Como sabem o primeiro-ministro gaulês (outro teimoso) tentou impor uma lei que alterava profundamente o enquadramento do Contracto do Primeiro Emprego (CPE). A população uniu-se, manifestou-se dias a fio e o presidente da república francesa não teve outro remédio que tomar as rédeas da situação e, de certa forma, dar a volta ao assunto.

Por cá, encerram-se maternidades como “se não houvesse amanhã” e apenas vemos a população das localidades afectadas a manifestar-se. O resto do país está-se marimbando para o assunto. Vivemos com o lema: “com o mal dos outros posso eu bem”. Assim jamais iremos a lado algum. Assim jamais iremos fazer valer os nossos direitos. Assim… assim… assim.

Amanhã que outras medidas irá tomar o governo? Será que essas medidas vão-nos afectar ainda mais?! Não será a altura de nós próprios colocarmos um pé no travão e mostrar que já estão a mexer muito e que convêm que as alterações se façam de forma evolutiva e não de forma abrutalhada?!

Se bem que me dói, e de que forma (tal como a todos os leitores), o aumento dos impostos, até os compreendo. Mas o que eu não compreendo é que ao ver todo o esforço financeiro que os portugueses estão a fazer, que todos os meses fazem “ginástica” para esticar o orçamento familiar, o Governo continue impávido e sereno como se as suas decisões não afectassem ninguém.

Ainda no caso dos encerramentos das Maternidades, Sócrates afirma que é uma decisão sem retorno e é baseada em “estudos técnicos credíveis sobre condições de saúde”. Mas o que Sócrates não diz é o autor do estudo. E isso é importante. Este estudo que ele afirma pode não passar de uma avaliação própria da situação.
Para finalizar a prosa de hoje, deixo só mais uma reflexão:

Que as populações visadas pelos encerramentos das maternidades vão sofrer na pele esta decisão do governo já sabemos, mas o que não sabemos é o que é que vai acontecer a todo o corpo clínico e funcionários dessas maternidades.