quarta-feira, setembro 27, 2006

É a loucura!

Segundo o jornal “Público”:
“O juiz Alfredo Costa, do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, quer destruir o disco rígido de um dos computadores apreendidos na redacção do "24horas", no âmbito do caso sobre o envelope 9, mesmo depois de ter recebido ordem para o devolver aos proprietários.
O tribunal recebeu ordem para devolver o computador ao jornalista do "24horas" Joaquim Eduardo Oliveira porque a sua apreensão pela PJ foi considerada ilegal pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
De acordo com a edição de hoje do "24horas", o juiz Alfredo Costa considera que o processo que levou à apreensão de computadores na redacção do jornal "se compara àqueles em que são apreendidas notas falsas ou mesmo estupefacientes".Colocando no mesmo patamar a apreensão de computadores e de droga ou notas falsas, o juiz Alfredo Costa terá entendido que não seria lícito devolver os objectos apreendidos”.

Este juiz teve o computador vários meses, se não conseguiu a informação que pretendia é porque não estava lá.
Este comportamento faz-me lembrar um célebre ditato: “Nem F*de nem sai de cima”.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Ainda o caso do "Envelope 9"

Dois jornalistas do 24horas foram acusados pelo ministério público pelo "crime de acesso indevido a dados pessoais do caso do 'envelope 9'.
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Não sou propriamente admirador da linha editorial da publicação em causa. Mas não estará a situação invertida? Por acaso o crime não estará em quem "roubou" os documentos e os entregou aos jornalistas? É que este factor ainda não foi considerado. É mais fácil acusar o "carteiro" do que descobrir quem pôs a "carta" no correio.
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É o pais que temos. Mas este acto de censura não se passa exclusivamente em Portugal. Nos EUA dois jornalistas do San Francisco Chronical, Lance Williams e Mark Fainaru-Wada, foram condenados a 18 meses de prisão por não revelarem as suas fontes.
Um artigo escrito pelos jornalistas sobre uma fábrica de suplementos nutricionais para desportistas que estava a ser investigada por suspeitas de produção de esteróides foi a causa da acusação. No trabalho de Williams e Fainaru-Wada estavam transcritos excertos de atletas como Barry Bonds e Jason Giambi que foram testemunhas do processo.
Os jornalistas alegaram o direito de não revelar as fontes, previsto na Constituição. As revelações feitas no artigo puseram na ordem do dia o problema do uso de substâncias proibidas no mundo desportivo norte-americano. Entretanto, um grupo de jornalistas já entregou uma petição contra a decisão do juiz e aguardam agora que a sentença seja alterada.
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Á semelhança do caso norte-americano, os jornalistas do 24horas incorrem numa pena de prisão que poderá ir até os 24 meses.

quinta-feira, setembro 21, 2006

A Convenção do Beato...

começa hoje. A primeira edição foi a 10 de Fevereiro de 2004. Nessa altura discutiu-se muita coisa, entre elas:
- "O Novo Modelo Económico" - Onde António Borges defendia a redução do peso do estado, o aumento da produtividade e da competitividade, criação de valor, qualidade e competência, a importância da gestão. Coesão, ambição, coragem rigor e seriedade são os valores considerados fundamentais.
- António Mexia apostava que o Estado deveria garantir o desenvolvimento de um enquadramento que promova a criação de mais eficiência e mais justiça e coesão, promovendo um conjunto de valores e um sistema de incentivos adequados.
- “Portugal – O Tigre Ibérico” - Fernando Ulrich apresentou números sobre o crescimento do PIB, entre 2000 e 2004, confrontando a evolução nacional, 2,4%, com Espanha, 10,3%. Em termos comparativos, no mesmo período, a União Europeia e os Estados Unidos, registavam 4,8% e 9,8% respectivamente.

O que mudou desde 2004?!
O Estado continuar a ter um peso superior ao meu. Não promove coisíssima nenhuma. A maior parte de que recebe incentivos tem cartão do partido ou um "padrinho" (comprado ou não?!) na administração central. Apenas Ulrich continua certo: Portugal tem um PIB inferior ao de Espanha e da média comunitária.
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Vamos lá ver quais as conclusões que teremos para a edição deste ano.

Uma coisa é certa. O stress que se vive em Portugal não é motivado pelas alterações sociais!

segunda-feira, setembro 18, 2006

O Sol ou um pãozinho sem sal?

Estava à espera de mais, muito mais. Para um primeiro número foi fraco. Aquela história do Isaltino Morais mais faz lembrar os bons velhos tempos do “Independente”. Mas nessa altura o “Independente” trazia molho. Este artigo nem por isso.

A primeira impressão é fundamental para o sucesso de um jornal, nesse campo o Sol espalhou-se ao comprido. Quer-se mais de um semanário. Ainda para mais um semanário que quer concorrer directamente contra o reformulado Expresso.

No primeiro patamar, o da escolha de notícias o Sol até esteve bem. Mas o terreno da escrita foi “o deus me livre”. O português utilizado na entrevista ao presidiário é de fugir. Que o indivíduo não saiba falar português correctamente eu até compreendo, mas não posso aceitar que o jornalista não tenha tido o cuidado de corrigir os erros gramaticais e (sobretudo) de concordância. Os editores e coordenadores têm de ter mais atenção para não deixar passar estas “pequenas gralhas”, que num primeiro número são gravíssimos erros.

Quanto à revista Tabu. Nem sei o que dizer. Tem um artigo interessante, o dos bebés trocados na maternidade. O resto é de bradar aos céus. É óbvio que é impossível ter 20 artigos de investigação por semana, mas se dentro do Sol viesse uma “news magazine” para “rivalizar” com a Visão ou com a Sábado tenho a certeza que o jornal ganharia uma dimensão muito maior.

Por motivos éticos não me pronuncio sobre o caderno “Confidencial”. Mas ainda não percebi a relação do nome com a economia. E vocês?!

A soma de todos os campos do Sol, para mim, deixou muito a desejar. Queria/quero mais. Precisa de mais sal!!!

Semelhança ou coincidência?!

Ao tentar abrir o site do Sol abri fui ter sem querer a outro Sol e vi uma pequenina semelhança. Será falta de originalidade ou coincidência?!

terça-feira, setembro 12, 2006

Assino por baixo

"É sintomático e triste que, cinco anos volvidos, a maior parte das atenções estejam concentradas nas mentiras não esclarecidas da Administração Bush e que dúvidas continuem a persistir sobre aspectos essenciais do próprio 11 de Setembro. A sociedade aberta está sob ataque."

José Vítor Malheiros, PÚBLICO, 12-09-2006

Vou, mas vou contrariado!

Vou hoje ao Estádio de Alvalade ver o Sporting-Inter de Milão. Não estou propriamente feliz. Recusei por duas vezes o convite, mas fui obrigado a aceitar. Espero que dentro de dias me convidem também para o Estádio da Luz! Isso é que era...


P.S: Convido os Sportinguistas a fazerem uma visita ao museu. É fantástico. De entre o espólio em exposição destaco tacos de Hóquei do António Livramento, a bicicleta de Joaquim Agostinho ou as chuteiras do Zé da Europa. Vale a pena ir lá, mesmo para quem não é "leão".

segunda-feira, setembro 11, 2006

Hoje...

... este post apenas serve de "solidariedade" para com a humanidade. Reparem que eu escrevi humanidade e não "norte-americanos". Esses, se calhar, tiveram o que mereciam... pena é que morrem sempre os inocentes e não quem toma as decisões estúpidas!

11 de Setembro: cinco anos depois Karen Willard, 50 anos, olha para o reflexo de uma enorme bandeira dos EUA instalada num dos edifícios do Centro Financeiro Mundial, em Nova Iorque. O mundo lembra hoje as vítimas dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001. Foto: Hiroko Masuike/AP (via: Público)

quarta-feira, setembro 06, 2006

GNR take II

Eu compreendo tudo. Estou de acordo com tudo. A GNR tem de ter carros bons, potentes versáteis para ir atrás dos prevaricadores, mas...

Fotos: Hugo Beleza

durante a volta à Portugal em bicicleta

[adenda (08/09/2006) - Segundo uma fonte da SIVA e outra da Autoeuropa este VW EOS foi cedido à BT a título de empréstimo. Não me souberam confirmar se já tinha sido entregue ou não. No entanto, fica o esclarecimento]

terça-feira, setembro 05, 2006

Galp baixa preço de combustíveis

Hoje dei por mim feliz por ler a notícia da descida de preço dos combustíveis. A gasolina vai baixar 1,5 cêntimos e o gasóleo um. Pus-me a fazer contas e a minha alegria esmoreceu. Porquê tanta festa se vou poupar 32 cêntimos por semana? Nem dá para um café. Porcaria de notícia!

Por falar em combustível. Já alguém viu aquela fila “interminável” nas bombas da Repsol, no Campo Grande em Lisboa, às quartas-feiras à noite? É uma fila que entra na 2ª circular e onde as pessoas demoram cerca de 45 minutos para serem atendidas. Tudo porque o combustível é mais barato nesse dia. Mas se fizerem bem as contas vão ver que por cada depósito as pessoas não poupam mais de 2 euros (na melhor das hipóteses 2,5 euros). Valerá a pena:
- Perder tanto tempo para poupar 500 paus?
- Será que se poupa mesmo dinheiro? Afinal passa-se 45 minutos num para arranca...
- Correr o risco que um carro desalmado, que saia da 2ª circular, vá embater em quem está parado?
Às vezes não fazemos bem as contas.

sexta-feira, setembro 01, 2006

O Rei Morreu. Viva o Rei!

Saiu hoje para as bancas o último número de “O Independente”. Não que goste especificamente deste jornal, nao era leitor. Mas deixa-me algum constrangimento enquanto jornalista. Tenho (tinha) lá colegas de faculdade que irão encontrar-se no desemprego. Numa altura em que o mercado jornalístico está em grande agitação em Portugal com o aparecimento do "Sol" (um novo jornal) e com a reestruturação das redacções de diversos jornais pode ser que tenham sorte. Espero que sim. Há trabalho para todos. O mercado está a movimentar-se, depois de uma paragem de vários anos.


Sai para as bancas no próximo dia 16 de Setembro um novo semanário: "Sol". Como uma boa parte das pessoas ligadas à Comunicação Social estou em pulgas para ver este novo produto. Pode até ser uma tempestade num copo de água, mas um jornal que arranca com um orçamento inicial de 6 milhões de euros tem a obrigação de partir a loiça toda no primeiro número e destacar-se dos restantes concorrentes (Expresso e Semanário). Com o fecho de "O Independente", o "Sol" tem ainda mais possibilidade para captar leitores. Espero que triunfe!