O prometido é devido... há uns meses disse que iria colocar neste espaço notícias relacionadas com economia e marketing... hoje estou "louco" e por isso resolvi cumprir a minha promessa.
Azeite Gallo com nova imagem
Aproveitando o período do Verão em que há um aumento generalizado do consumo em Portugal, o azeite Gallo vai ao longo deste mês apresentar uma nova imgaem, mantendo a mensagem e os princípios de referência que o caracteriza.
“Pretendemos continuar a fazer evoluir a marca, mantendo aquilo que são os seus valores – tradição, sabor e confiança – é esse o desafio que tentamos agarrar da melhor forma. Tivemos de mexer no marketing-mix todo, desde a embalagem ao expositor, passando pela comunicação. Todo este processo teve um investimento de três milhões de euros”, revela Pedro Cruz, director de marketing do azeite Gallo.
Esta operação de restyling procura essencialmente aumentar o distanciamento com os concorrentes e ampliar a taxa de penetração na faixa de consumidores entre os 25 e os 40 anos.
Para apresentar a sua nova imagem, sob o pincel da PearlFisher, a marca Gallo, que nos seus diferentes segmentos apresenta rótulos totalmente distintos, lança uma forte campanha de publicidade, cuja criatividade é da responsabilidade da agência publicitária BBDO. A campanha vai para o ar na primeira quinzena de Agosto com a exibição de spot’s nos canais de televisão, chegando à imprensa no dia 11 de Agosto com quatro anúncios temáticos.
Intitulado “Tirem-me tudo”, o spot televisivo tem uma duração excepcional de 65 segundos (posteriormente, irão para o ar três versões curtas de 30 segundos). Neste filme, pretende-se passar a mensagem de que os portugueses são capazes de prescindir de tudo menos da gastronomia nacional, culminando com a ideia que azeite Gallo é sinónimo de sabor de Portugal.
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O Spot televisivo será acompanhado com o seguinte poema:
Tirem-me a vista.
Tirem-me para sempre a luz de Lisboa, tirem-me as encostas do Douro, o Tejo e o Alentejo, tirem-me a calçada dos passeios e os azulejos da parede.
Tirem-me o ouvido.
Tirem-me para sempre o choro da guitarra e o pranto do fadista, tirem-me os pregões das mulheres do bulhão e a pronúncia de norte a sul, tirem-me a fúria de espuma das ondas e o grito do golo.
Tirem-me o tacto.
Tirem-me para sempre o sol de Inverno a bater na cara, tirem-me o barro a ganhar forma entre os dedos, tirem-me o rosto queimado da minha mãe e a mão áspera do meu pai.
Tirem-me tudo isto, mas não me tirem o gosto.
Porque se eu ainda for capaz de saborear a alheira a rebentar de sabor, ou o bacalhau com todos a nadar em azeite, serei capaz de dizer, se não me tirarem a fala, que estou em Portugal.
Azeite Gallo. A cantar desde 1919.
Autor do artigo: Carlos Pereira
Foto: Fima